terça-feira, 8 de maio de 2012

Você?


O que sinto agora é mais do que uma dor de perda, é uma dor de medo, sinceramente não consigo entender o que fazer. Esperar? Calar? Falar? Como descobrir a resposta? Queria muito não precisar querer. Estou querendo não querer. Um sentimento que não oscila, nem perturba, é bom, mesmo assim não quero mais. Começo a sentir dor, aquela que queima na parte superior do estômago, embaixo dos seios, que corrói como fome, como sede, como dor, como a emoção do começo e a tristeza do fim (...) Você? Há você! Você é como um formigueiro, ao observá-lo, percebi que há uma padronização dos movimentos e da circulação das formigas, porém elas as vezes se topam, as vezes se desencontram. Elas sabem que pertencem umas as outras, que foram geradas para estarem juntas de alguma forma, em um ciclo, em um grupo, mas você, é mais que isso, é mais que o encontro e o desencontro. Te defino como um risco, tudo dá-se a entender que vai dá tudo certo, mas depois percebe-se o perigo. Eu não posso correr nem amar esse risco, o que eu posso e tenho que fazer é desprezar-te. Infelizmente. Não posso.



NataliAlves

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